sexta-feira, 26 de março de 2010

Quando toca-se violão sentado com o corpo encostado ao violão, dá pra sentir todas as notas e acordes dentro de si.
Quando toca-se obrigando os dedos a dedilhar o que o coração sente, fecham-se os olhos e pouco a pouco a essencia da alma se liberta, mas junto com ela vem um conteúdo que existe em cada momento em que vivemos.
Nesse momento, eu, sentado num banco, debruçado ao violão tocando blues porquer estava triste meu coração, pensei em Júlia e pensei tambem naquilo que se pensa quando está só.
Então a essencia da minha alma se libertou e começou a bailar por todo o palco e depois por todo o salão e pegou pela mão uma parte do conteúdo, ou seja a magoa e a ilusão, jogou pra fora e longe de mim. Só ficando a tristeza, uma doce saudade e cheiro de terra molhada por uma chuva fina. Assim a musica acabou, eu paro de tocar, meu coração dispara, vejo pessoas e luzes, ouço o som da mão esquerda colidindo com a direta, desvio o olhar dos holofotes.

lembro sozinho.

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