sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Alice me pergunta o por quer de falar tanto sobre do dia e da noite. Eu respondo – É tudo que tenho. Acordo todos os dias, saiu para a noite, meu corpo suado no meio da multidão absorve todos os raios de calor, meus olhos queimam de tanta luz e variações de brilho. Todos os lugares que eu ando e visito: ruelas, monumentos e avenidas toda a decadência e maravilhas que o homem construiu, tudo, tudo pertence ao dia e esta contido na noite. O banho do despertar, a fome do meio dia, a tristeza vespertina, a eletricidade luminária de noites quentes, um ato ausente ou uma multidão de gente.

Corra Alice junte-se a loucura verdejante, por que é onde busco todos os benefícios radiantes desses dois alívios meu. Um abraço, carinho ou palavras ouvidas são coisas que vem e vão que vai e fica. Disso tudo apenas a recebo.

O desejo talvez seja uma grande ilusão. O ato a melhor coisa então??

Ruínas e vinho

Na parte antiga da cidade

É onde encontro a celebração

Num dos córregos do rio Dionísio

Eu bebo o mais sujo vinho


Na parte antiga da cidade

Encontro os amigos da loucura

Rubros bárbaros oscilantes

Pesadas canções flamejantes


Na parte antiga da cidade

Onde vejo minha noite

Encontro minha tristeza

Ela vem a mim e diz “amanheça”


Mas o rio corre mais rápido

As ruas se entrelaçam no meio da noite

Não consigo voltar, mais uma vez entro em outro bar

Tudo é brilho no azulejo da madruga

E mas o que? Eu não sei, e você?