sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Alice me pergunta o por quer de falar tanto sobre do dia e da noite. Eu respondo – É tudo que tenho. Acordo todos os dias, saiu para a noite, meu corpo suado no meio da multidão absorve todos os raios de calor, meus olhos queimam de tanta luz e variações de brilho. Todos os lugares que eu ando e visito: ruelas, monumentos e avenidas toda a decadência e maravilhas que o homem construiu, tudo, tudo pertence ao dia e esta contido na noite. O banho do despertar, a fome do meio dia, a tristeza vespertina, a eletricidade luminária de noites quentes, um ato ausente ou uma multidão de gente.

Corra Alice junte-se a loucura verdejante, por que é onde busco todos os benefícios radiantes desses dois alívios meu. Um abraço, carinho ou palavras ouvidas são coisas que vem e vão que vai e fica. Disso tudo apenas a recebo.

O desejo talvez seja uma grande ilusão. O ato a melhor coisa então??

Ruínas e vinho

Na parte antiga da cidade

É onde encontro a celebração

Num dos córregos do rio Dionísio

Eu bebo o mais sujo vinho


Na parte antiga da cidade

Encontro os amigos da loucura

Rubros bárbaros oscilantes

Pesadas canções flamejantes


Na parte antiga da cidade

Onde vejo minha noite

Encontro minha tristeza

Ela vem a mim e diz “amanheça”


Mas o rio corre mais rápido

As ruas se entrelaçam no meio da noite

Não consigo voltar, mais uma vez entro em outro bar

Tudo é brilho no azulejo da madruga

E mas o que? Eu não sei, e você?

sábado, 19 de junho de 2010

Domingo céu alaranjado e tédio

Enquanto lia uma artigo que dizia; no mundo do metal já não existe nada diferente, tudo era igual ou mais rapido, fechou a revista jogou com raiva na mesa, bebeu um gole de uma mistura que, não tinha indentificado, só sabia que era vodka e... mas, não conseguia terminar o artigo por quer todos os criticos são chatos e metidos, mas, é que, esse tinha a razão, é incrivel como nada tinha mudado por anos, ainda bem que não gostava de metal as musicas acabavam, e começavam outras, mas parceiam as mesma pra ele e lucia. era uma revista de um careca, com uma amiga de lucia, e lucia pra quê ficar num domingo sentada num bar de metal com o som querendo ganhar de varios blocos de maracatu num domingo a tarde, metal é igual a maracatu.
Um monte de gente menos de seis instrumentos, e um monte de gente mesmo tocando a mesma coisas pouca mudança rítmica e muita, muita gente, maracatu é igual a metal, pensou o triste, e o careca , falando de mil bandas de metalcomo se fossem livros, lucia nem ouvindo conversando com a amiga toda de preto, as duas olhavam para ele sorrindo e falando, ele tentou dizer que esse povo todo tocando esses ritmos que da uma senssação boa e mexe com o corpo parecia com o livro "adimiravel mundo novo" na parte onde todos eram iduzidos na hora do trabalho a fazer sexo num sala, parar ter melhor coletivismo. mas o careca gritou -sexo coletivo!!!, e a amiga de lucia, -onde? que horror na rua, lucia sorveu a bebibda disse que era muito forte, e o bejou na boca olhou para o careca e a amiga e disse que era complicado os domingos para o seu... só dela e de mais nimguem.
Só o jeito de Lucia para anima-lo.

Ele olhou para as três pessoas que estava na mesa com ele, quase sorrindo e falou -sabe o que seria bom?
um Rolling stonezinho.Repetindo
Um Rolling stonezinho, olhando a ponta dos dedos, como se a melhor banda mais rock do mundo fosse uma marca de cigarros.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Nada

Quando não se tem nada,
nada se ganha, nada se perde
Quando não se tem nada,
resta apenas números e então, você codifica-os em ações, mas, só que as ações são nada. Por quer, você fez e tá feito,
acabado.

Quando não se tem nada,
nada acontece, fica assim suspenso no ar, entre o tempo que já passou, e o que vai acontecer.

quando não se tem nada, nada podemos fazer.
o abraço é vazio, o olhar vem sem brilho, não há querida, hora vazia sem lugares para fugidas.

quando não se tem nada
o sol nasce para se pôr, sem razão existe o meio dia.
A noite, o corpo sem niguem, esfria.......

sexta-feira, 26 de março de 2010

Do Carmo

Certas verdades deviam ser mentiras
Uma noite roubei um cavalo branco de um bêbado que dormia num sofá do garagem.
Mas ao sentar no gramado com uma amiga do meu lado foi que aconteceu o fato

-ei mulé que é isso?

Ela solta toda a brincadeira no chão o saxofonista calou-se e esvaziou a mão
Tentei enxergar, mas não consegui, pois já era noite e a tarde toda eu bebi.
Sol e água, tudo estava dentro de mim, agora era vinho que me fazia sentir
Fomos expulso do jardim.

Decemos a ladeira e ficamos rindo a noite inteira
Quando toca-se violão sentado com o corpo encostado ao violão, dá pra sentir todas as notas e acordes dentro de si.
Quando toca-se obrigando os dedos a dedilhar o que o coração sente, fecham-se os olhos e pouco a pouco a essencia da alma se liberta, mas junto com ela vem um conteúdo que existe em cada momento em que vivemos.
Nesse momento, eu, sentado num banco, debruçado ao violão tocando blues porquer estava triste meu coração, pensei em Júlia e pensei tambem naquilo que se pensa quando está só.
Então a essencia da minha alma se libertou e começou a bailar por todo o palco e depois por todo o salão e pegou pela mão uma parte do conteúdo, ou seja a magoa e a ilusão, jogou pra fora e longe de mim. Só ficando a tristeza, uma doce saudade e cheiro de terra molhada por uma chuva fina. Assim a musica acabou, eu paro de tocar, meu coração dispara, vejo pessoas e luzes, ouço o som da mão esquerda colidindo com a direta, desvio o olhar dos holofotes.

lembro sozinho.

domingo, 14 de março de 2010

Enquanto caminhava para a luz solitária, no lado escuro da vida
queimou tudo que tinha por fora para aquecer o que portegia no seu interior.
longe do fim , longe do começo, no exato local de se perder.

Aguentou as dores e prosseguio.

terça-feira, 2 de março de 2010

Tropecei e cair.

O vento gritava grave e amedrontador, dentro dos dias e noites passei sem sentir, querendo voar esperando pelo depois, que vinha me batendo.
Socos mudos e dolorosos, eu girtava e gritava , mas o vento era mais forte e mais forte.
Então eu parei de cair a porra do vento venceu (por segundos) a gravidade, dois solavancos sustentos e fui para cima, mas voltei a descer como se estivese pagando uma divida para o abismo, foda-se tudo que eu não entendia, quero paz, quero calmaria, e o vento gritou me jogando mais rapido pra baixo, desiquilibrando pra esquerda, pra direita, " EU QUE LUTAR", e encontrei o mar, ondas e pedras. O vento era só som agora, quem me batia era a agua salgada contra rochas. E eu tinha que fazer.

Nadar, vencer a rebentação
Nadar, contornar a montanha
Na areia virgem sangra
Na areia sagrada me curar.